condução do potencial de ação - Berne
Resumo I – Fisiologia Celular
Berne
Diferentes tipos de células possuem potenciais de ação com formas diferentes porque suas populações de canais dependentes de voltagem para íons são diferentes.
O potencial de ação em um axônio gigante de lula ou em neurônio de mamífero é gerado pela rápida abertura e subsequente inativação dos canais para Na+ dependentes de voltagem e abertura e fechamento retardados dos canais para K+ dependentes de voltagem.
Os canais para íons são proteínas integrais de membrana que possuem poros seletivos para íons. Regiões da proteína do canal iônico atuam como comportas que ativam e inativam o canal.
Um canal para íons tipicamente possui dois estados: alta condutância (aberto) e baixa condutância (fechado). O canal oscila aleatoriamente entre os estados aberto e fechado. Para o canal dependente de voltagem, a fração de tempo que o canal passa no estado aberto é uma função da diferença de potencial na membrana.
As células do músculo cardíaco e liso possuem para Ca2+ do tipo-L que abrem e fecham lentamente e são responsáveis pela longa duração dos potenciais de ação nestes tipos de células.
A inativação dos canais para Na+ é um importante fator nos períodos refratários absoluto e relativo e na acomodação de uma célula excitável a um estímulo de intensidade lentamente crescente.
Os circuitos de corrente local produzem condução eletro-tônica. Os sinais sub-limiares e os potenciais de ação são conduzidos ao longo do comprimento de uma célula por circuitos de corrente locais.
Um sinal sub-limiar é conduzido com atenuação. Ele perde 37% de sua intensidade máxima em uma distância de uma constante de comprimento. A constante de comprimento é igual á raiz quadrada de Rm/Rin. O valor típico para a constante de comprimento é de 1 a 2mm.
O potencial de ação se propaga, em vez de ser meramente conduzido; ele é regenerado ao se deslocar ao longo da célula. Desta maneira, um potencial de ação