Condromalácia Patelar
Usado para descrever um específico amolecimento patológico de a cartilagem articular.
A superfície articular da patela e a superfície articular contígua dos côndilos femurais podem ser afetadas por alterações degenerativas da cartilagem articular (responsável pela congruência entre a patela e o fêmur) por um longo período de tempo (Soren & Fetto, 1997).
É caracterizada por dor, edema e crepitação retropatelar, descrita como uma desconfortável sensação rangedora (Asplund,2004), assim como por um aumento da sensibilidade local que está associada ao desequilíbrio funcional do músculo quadríceps femural (Moore & Dalley, 2001), especialmente com a atrofia do músculo vasto medial (Guo et al., 1996), e com o encurtamento do trato iliotibial (Post, 1998).
Entretanto, os traumas esportivos, em geral, e o excesso de atividade física, como a sobrecarga de peso ou corridas excessivas, são freqüentes agentes etiológicos da condromalacia patelar em praticantes das mais variadas modalidades esportivas, acometendo principalmente as mulheres e jovens (Moore & Dalley, 2001; Zhang et al., 2003; Witvrouw et al., 2004).
A condromalacia é produzida pela ação compressiva anormal repetida sobre a cartilagem articular. Esta compressão anormal é derivada da não congruência e da diminuição da área de contato da articulação patelofemural (APF) quando uma subluxação ou deslocamento patelar for causado por um relacionamento anatômico e/ ou biomecânico anormal (Paar & Riel, 1982; Guo et al., 1996; Ye et al., 2001), podendo também ser causada por radiculopatia lombar e pinçamentos de nervos periféricos (Post, 1998). Uma variedade de classificações desta doença foi proposta, mas a classificação mais utilizada foi descrita por Outerbridge (1961).
A lesão desta cartilagem pode ocorrer por diversos motivos:
Peso corporal;
Força do quadríceps (músculos anteriores da coxa);
Ângulo de flexão;
Ângulo de rotação.
Graus da doença