Concreto
Introdução e Justificativa
Durante muito tempo os setores econômicos, em geral, desenvolveram suas atividades extraindo e utilizando materiais naturais não renováveis, sem a consciência de sua extinção.
Na década de 80, com o surgimento de políticas nacionais voltadas à conservação do meio ambiente, passa a existir uma maior preocupação com o término dos recursos naturais, através da minimização dos desperdícios, diminuição do consumo de energia e principalmente, controle da poluição.
Na indústria da construção civil, não foi diferente. No Brasil, em particular, a falta de uma consciência ecológica por parte dos setores econômicos resultou em estragos ambientais irreparáveis, agravados pelo maciço processo de migração havido na segunda metade do século passado. Nessa ocasião a relação existente entre o número de pessoas no campo e nas cidades, que até então era de respectivamente 75% e 25%, foi invertida ocasionando uma enorme demanda por novas habitações. (SCHENINI, BANGATI e CARDOSO, 2004)
Devido a esse aumento da população e a alta concentração nas cidades e conseqüente aumento da demanda por habitações, os resíduos de construção e demolição estão cada vez mais presentes nas discussões ambientais, trazendo prejuízos à conservação dos recursos naturais e ao meio ambiente, principalmente pela sua má disposição.
Pesquisas realizadas em várias cidades brasileiras têm apontado que o volume gerado de resíduos de construção e demolição de obras civis representa aproximadamente 60% a 70% do total do volume de todos os resíduos gerados nas cidades (PINTO, 1999). Nesse mesmo estudo o autor estima valores de geração entre 230 a 760 kg/hab.ano de resíduos de construção, com uma mediana de 510 kg/hab.ano.
Com base nas informações anteriores, pode-se afirmar que, a solução dos problemas relacionados à geração de resíduos da construção urbana tem grande importância para a saúde pública, a conservação dos recursos naturais e a geração de energia,