Concordância
A coerência textual resulta da relação harmoniosa entre as ideias apresentadas num texto. Refere-se, dessa forma, ao conteúdo, ou seja, à sequência ordenada das opiniões ou fatos expostos de forma coerente, sem contradições ao que se afirma para os interlocutores.
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E agora, José?
A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, você? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta? e agora, José?
Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio - e agora?
Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Carlos Drummond de Andrade
Observe como, ao longo das estrofes, há uma sucessão lógica de fatos que nos dão a exata ideia do processo de desagregação social do qual José é vítima. A esse enquadramento dá-se o nome de coerência textual.
A coerência de um texto está ligada:
➢ À sua organização como um todo, em que devem estar delimitados o início, meio e o fim;
➢ As frases não são contraditórias;
➢ À adequação da linguagem ao tipo de texto.
Textos técnicos e científicos, por exemplo, tem a sua coerência fundamentada nas comprovações, na apresentação de estatísticas, no relato de experiências etc.
Francis Vanoye, em seu livro Expression-Communication, considera a televisão como o mais poderoso meio de comunicação de massas do século XX quanto aos elementos que veicula, tendo-se em vista o alvo visado, ou seja, o