Concordância verbal
Com objetivos muito próprios, as regras gramaticais têm especial importância na estruturação das frases que formam o texto. O conhecimento dessas regras possibilita que os propósitos comunicativos do sujeito autor sejam específicos e próprios para que façam sentido a escrita, o relato, a descrição, a argumentação etc. Neste módulo, estudaremos as regras de concordância verbal, que vão auxiliá-lo a construir orações, obedecendo a modelos formais que constituem os padrões estruturais da nossa língua. É importante dizer que os conteúdos de concordância verbal circunscritos às provas das bancas examinadas de Vestibular são bem delimitados e não correspondem ao conjunto total de regras estabelecidas pelas gramáticas da língua. Por isso, vamos tratar apenas das regras principais que interferem na produção textual do texto dissertativo e na resolução das provas objetivas.
1. – Regra geral
Começaremos a abordagem teórica com a regra geral de concordância: o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito. Com sujeito simples e singular ou substantivo coletivo, o verbo irá para o singular; com sujeito simples e plural, o verbo irá para o plural. Para mostrar a relação que há entre sujeito e verbo, Walmirio Macedo diz o seguinte: O sujeito se atualiza no verbo. Essa atualização chega a tal nível que a omissão do sujeito é suprida pela desinência verbal.
Vejamos um exemplo:
Uma mãe e um bebê camelo estavam por ali, à toa,quando de repente o bebê camelo perguntou:
- Por que os camelos têm corcovas?
- Bem, meu filhinho, nós somos animais do deserto; precisamos das corcovas para reservar água e, por isso mesmo, somos conhecidos por sobreviver no deserto.
- Certo, e por que nossas pernas são longas e nossas patas, arredondadas?
- Filho, certamente elas são assim para permitir caminhar no deserto. Sabe, com essas pernas longas, eu mantenho meu corpo mais longe do chão do deserto, que é mais quente