Concepções de verdade
JOÃO MANUEL QUEVEDO
____________________________________________________________
AS CONCEPÇÕES DA VERDADE A nossa concepção de verdade é tributária à ideia grega, latina e hebraica. Sendo a grega a aletheia, ou seja, aquilo que se manifesta aos olhos, o não oculto. A latina é a veritas, isto é, a força da narrativa, da linguagem do fato. Por fim a hebraica, que é a emunah, a verdade do pacto, da confiança, a fidelidade em suas palavras. Dependendo de qual ideia de verdade é predominante no pensamento de alguns filósofos, têm-se várias teorias sobre a verdade. Se a aletheia é predominante, a verdade é tida pela visão intelectual e racional. Quando a veritas predomina, tem-se a verdade pela lógica do argumento e da linguagem. Assim quando a emunah é quem predomina, tem-se a verdade como um consenso, um pacto, uma confiança. Temos outra teoria da verdade. A revolução Copernicana kantiana deu origem a duas distinções, o juízo analítico e o juízo sintético, ambos deram entrada na fenomenologia de Husserl, que é o conhecimento daquilo que se manifesta para nossa consciência ou razão. Contudo para Kant e para Husserl, o erro e a falsidade se encontram dentro do realismo numa suposição de conceitos ou significações que se refiram a uma realidade em si. Esse erro e essa falsidade, Kant chamou de dogmatismo e Husserl de atividade natural. A filosofia analítica estuda a linguagem e a lógica, situando a verdade como fato da linguagem, porém a estrutura e funcionamento da linguagem não correspondem à estrutura e ao pensamento da coisa. Contudo, verdade e falsidade estão, na coerência lógica e cada campo de conhecimento cria suas próprias verdades inquestionáveis. Como as teorias de verdade estão sempre em mudanças históricas, os empiristas tenderam a duvidarem da verdade, porém, para outros, a verdade é sempre verdade obtida por indução e experimentação. A corrente que defende esse pensamento é o