Conceito social: um fator de resistência na admissão do alcoolismo
Este trabalho de conclusão de curso foi elaborado no intuito de se analisar como os conceitos sociais podem influenciar os alcoolistas na admissão de sua doença, cuja hipótese para o problema diz respeito ao preconceito e exclusão da sociedade.
O alcoolismo é reconhecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma das doenças com maiores índices de mortalidade, quer de uma forma direta pelos males físicos e psicológicos decorrentes do uso excessivo do álcool, ou de forma indireta, através de homicídios, acidentes de trânsito ou violência doméstica.
Além do alcoolismo ser uma doença crônica como hipertensão ou diabetes, é ainda uma doença social, pois envolve o seio familiar, empregatício e a comunidade em geral.
É percebido que, mesmo sendo ela uma doença de grandes proporções, ainda hoje existe um número muito pequeno de alcoolistas que buscam o tratamento, como também, um número muito grande de indivíduos que mesmo passando por um período considerável de abstinência voltam ao seu uso.
Justamente por se tratar de uma dependência não somente física, mas também psicológica é que desperta o interesse por esse tema, pois acredita-se que a Psicologia tem relevantes contribuições a oferecer para esta problemática. Ao se conhecer melhor as barreiras que assolam o indivíduo acometido desta doença, poderá a ciência e a sociedade auxiliá-lo no combate deste grande mal.
Para analisar essas significações, pretende-se efetuar uma Pesquisa de Campo, junto a um grupo de homens dependentes químicos que compartilham essa experiência através do procedimento em um grupo na Instituição “Comunidade Terapêutica Restauração”.
Reforça a importância deste tema, e a escolha deste grupo de pessoas, a referência de Caldas (1998) o fato de que, em recentes levantamentos da Organização Mundial da Saúde, chegou-se à conclusão de que o percentual mundial de indivíduos que ingerem bebida alcoólica e são portadores da doença do alcoolismo está