comércio exterior do japão
Com o final da Segunda Guerra Mundial, o Japão foi ocupado pelas Forças
Aliadas, que permaneceram no território nipônico por sete anos (1945 até
1952). A ocupação foi executada quase que exclusivamente pelos Estados
Unidos da América, sob o comando do General Douglas MacArthur. O objetivo inicial dos Aliados era desmilitarizar e democratizar o arquipélago. Os Aliados acreditavam que o arquipélago não deveria tornar-se novamente uma ameaça a outros Estados, e a democracia levaria o Japão a esse fim. Durante a ocupação, os Estados Unidos realizaram ou apoiaram diversas medidas para a reinserção internacional do Japão, entre elas, a adoção da Constituição de
1947 (ainda vigente). No documento, o país se proíbe de possuir potenciais de guerra (Forças Armadas) e seu direito à guerra não é reconhecido. Além disso, na Constituição, o Imperador torna-se apenas um símbolo do país, sem ter participação política. A partir de 1952, após reaver sua soberania, o Japão encontrou nas idéias do Primeiro-Ministro Shigeru Yoshida (terceiro na sucessão pós-guerra) uma maneira de reconstruir a economia, utilizando todos os recursos existentes para tal objetivo. Dessa forma, a relação com os
Estados Unidos se tornou o mais forte pilar da Política Externa Japonesa. Essa política de alinhamento aos Estados Unidos ficou conhecida como “Doutrina
Yoshida”. Para evitar gastos que prejudicassem o crescimento econômico, a segurança e a defesa do arquipélago foram passadas para a responsabilidade estadunidense, transformando-as em interesses dos Estados Unidos, vista a questão da bipolaridade. Apesar dos ganhos, a Doutrina Yoshida foi criticada internamente ao fazer do Japão um mero free-rider. Mesmo assim, o alinhamento Japão-Estados Unidos foi extremamente importante para os dois lados durante a Guerra Fria. A partir desse momento, o Japão emergiu na região asiática e no sistema internacional como um fiel parceiro