Comunidades tradicionais de Ji-Paraná
Departamento de Engenharia Ambiental - DEA
COMUNIDADES TRADICIONAIS DE JI-PARANÁ
Ji-Paraná, RO
2014
COMUNIDADES TRADICIONAIS DE JI-PARANÁ
Trabalho apresentado à disciplina Estágio de Cidadania II para obtenção parcial de nota no curso de graduação em Engenharia Ambiental, da Fundação Universidade Federal de Rondônia – UNIR.
Ji-Paraná, RO
2014
1. Introdução
O município de Ji-Paraná, no Estado de Rondônia, conta com uma população estimada em 128026 habitantes (IBGE, 2013). O nome do município é de origem tupi, significando "grande rio dos machados", através da junção de yî (machado) e paranã (mar, grande rio). É uma alusão ao grande número de pedras que se parecem com machados indígenas.
A região, antes ocupada pelas tribos indígenas dos Jarus e Urupás, iniciou sua povoação por volta de 1879, quando nordestinos fugindo da seca se estabeleceram na confluência do Rio Urupá, dando este mesmo nome ao povoado (JI-PARANÁ, 2001).
O Marechal Rondon chegou à embocadura do rio em 1909 e construiu uma estação telegráfica, próximo das margens do rio Ji-Paraná, hoje chamado de rio Machado. Com a depreciação da borracha, a região entrou em decadência, mais tarde voltando a se desenvolver com a descoberta de diamantes. Já na década de 1950, Urupá era conhecida como Vila de Rondônia.
Segundo Ji-Paraná (2001), no ano de 1960, com a construção da BR-29, atual BR-364, e em decorrência do êxodo rural do sul do país, Vila de Rondônia passou a receber colonos, sendo decisiva a atuação da colonizadora Calama S.A., que adquiriu grande área de terra, antes ocupada por seringais.
Em 1968, o Instituto Brasileiro de Reforma Agrária - IBRA, atual Instituto Nacional de Reforma Agrária - INCRA, acelerou o fluxo de migrantes vindos do centro-sul. O Projeto de Colonização Ouro Preto, dois anos mais tarde, foi marco do surto