Comunicação
Quando se conceitua texto, sabe-se que ele é uma unidade de sentido, portanto o significado de uma parte não é autônomo, ele só faz sentido dependente de outras partes com as quais se relaciona. Texto, como tecido, constrói-se numa relação de fios que se entretecem.
Para ter o significado global de um texto, é preciso estabelecer uma combinação geradora de sentido, em que cada parte se inter-relacione.
A seguir, vamos analisar algumas definições de texto, de autores que servem de referência para este estudo.
Segundo Koch e Travaglia,
O texto será entendido como uma unidade linguística concreta, que é tomada pelos usuários da língua, em uma situação de interação comunicativa específica, como uma unidade de sentido e como preenchendo uma função comunicativa reconhecível e reconhecida, independentemente da sua extensão. (KOCH; TRAVAGLIA, 1997, p. 9)
Vamos compreender a definição. Em primeiro lugar: ao dizer unidade linguística, os autores pressupõem que essa construção tenha começo, meio e fim, formando um todo compreensível. Quando os autores afirmam que o texto envolve uma situação de interação, trazem o valor da presença de interlocutores, isto é, quem fala e para quem fala; o termo específica significa, neste contexto, alguém que fala de um lugar para seu interlocutor que ocupa outro lugar. Lugar, nessa definição, refere-se a um lugar social. Por exemplo: o pai que fala ocupando o lugar de pai, pode, em outra situação, falar do lugar de empresário, ou de marido. Nesta situação, deverá haver um funcionamento da língua, trazendo sentido para os interlocutores.
A língua tem como constituinte a interação verbal, que vem a ser a relação entre dois indivíduos: o locutor e o interlocutor, que se reconhecem socialmente. Mas, caso não haja a presença real do interlocutor, pode ser citado o papel social que