comunicação
Curvello, João José Azevedo
Muda o mundo, mudam as organizações
Vivemos uma era de profundas transformações. De um lado, a chamada globalização, termo que se tornou obrigatório em todos os círculos intelectuais, políticos e econômicos. Fenômeno facilitado pelas novas tecnologias da informação, pressupõe uma evolução do tradicional processo de internacionalização de mercados oriundo dos primórdios do capitalismo. Esse novo processo não é mais conduzido apenas por nações, mas, sobretudo, pelas organizações antes denominadas multinacionais, transnacionais ou mundializadas. Essas organizações gerenciam espaços que atravessam as fronteiras territoriais. (Ianni, 1996)
Com seu processo de aceleração, a globalização do mundo modifica, também, as noções de tempo e de espaço. A velocidade crescente que envolve as comunicações, os mercados, os fluxos de capitais e tecnologias, as trocas de idéias e imagens nesse final de século impõem a dissolução de fronteiras e de barreiras protecionistas. Em todo o momento se estabelecem tensos diálogos entre o local e o global, a homogeneidade e a diversidade, o real e o virtual, a ordem e o caos.
Afora isso, no ambiente organizacional, a convivência com a mudança, paradoxalmente, virou rotina. Da introdução ao abandono de um sem número de modismos e conceitos, é possível identificar uma busca incessante em manter alguma ordem perante o caos em que se transformaram as organizações neste final de século. Tudo isso caracteriza uma percepção de que não há mais espaço para a mentalidade tradicional e que novos signos emergem e novas formas de relacionamento e comunicação se contróem.
Liderando ou sendo carregadas por essa nova onda, as organizações passam por profundas transformações. O antigo tripé do conceito de organizações - pessoas, estrutura e tecnologia - entra em xeque, uma vez que esses componentes não mais precisam abrigar-se sob um mesmo espaço nem operarem a um