comunicação
Carla de Sousa ALMEIDA2
Luciana Balensifer PEREIRA3
Thaís NÓBREGA4
Clotilde PEREZ5
A personagem Moça é uma jovem camponesa suíça que aparece no rótulo da embalagem. O leite condensado mais popular da Suíça tinha a marca La Laitière, que significa vendedora de leite. Quando esse leite foi exportado, procurou-se um nome equivalente na língua de cada região para onde o produto foi levado, nome sempre associado à figura da camponesa típica, com seus baldes de leite. Em espanhol, por exemplo, foi adotada a marca La Lechera, que se mantém até hoje.
A marca é uma das mais queridas pelo consumidor, não só por sua tradição, qualidade e confiança, como pela associação com momentos muito felizes ligados à infância, à família, às festas de aniversário e muitas outras ocasiões prazerosas e indulgentes.
A personagem Moça não foi baseada em uma pessoa específica, ela foi definida a partir da imagem de uma camponesa suíça “qualquer” do século XIX. Nessa época, inúmeros aspectos da vida privada sofriam grandes mudanças, principalmente devido às transformações econômicas, políticas e sociais em processo na Europa. O crescimento das cidades, o surgimento de novas técnicas de produção, a ruína dos pequenos camponeses e o crescimento da indústria doméstica ou “em domicílio”, elevaram o grau de insegurança dos trabalhadores e provocaram a rearticulação das relações sociais e da organização tradicional da família.
Nesse sentido, o ingresso de mulheres no mercado de trabalho, conforme observado por Engels em “A situação da classe operária na Inglaterra”, deve ser compreendido como um aspecto social relevante vinculado ao desenvolvimento do modo de produção capitalista.
A revolucionária russa Alexandra Kolontai foi uma das primeiras teóricas a identificar o surgimento deste novo tipo de mulher, forjado “na luta pesada da necessidade vital”, cujo perfil psicológico diferiria completamente dos anteriormente conhecidos: “uma mulher com novas