Comunicação
Cada usuário tinha um número de identificação. Até aí, sem novidades, é preciso um número para enviar um SMS. Porém, para enviar uma mensagem ao portador de um bipe, tinha que ligar para o callcenter (e esse nome nem existia) da empresa do bipe, ditar o número de identificação para um atendente e ditar a mensagem a ser enviada. Estranho, não? Privacidade ínfima. Como os bipes não tinham painel de LED ou LCD, a função do caro aparelho era simplesmente alertar que havia uma nova mensagem. O dono do bipe ao perceber o aviso sonoro ou visual, tinha que ligar para o mesmo callcenter, se identificar dizendo uma senha e ouvir lá do outro lado da linha o atendente ler em voz altas todas as mensagens enviadas para o número de identificação dele. É apenas um pequeno passo evolutivo em comparação ao bilhete na porta da geladeira.
Os aparelhos mais modernos, como o da foto desse artigo, possuíam painel de LCD e recebiam diretamente as mensagens, evitando a necessidade da leitura em voz alta por um atendente do callcenter, passando a ter hegemonicamente o nome pager no Brasil. Porém, o envio de mensagens ainda era feito pelo método rococó de ligar por voz e ditar para uma pessoa. Antes da difusão do celular a paritir da segunda metade da década de 90 era isso que se entendia por