Comunicação no sus
Apesar dos avanços tecnológicos dos meios de comunicação, que facilitam o acesso a informação, tal fato não é garantia de uma comunicação eficiente. Já que essa não se faz de forma unidirecional nem tão pouco de forma hierarquizada. A informação sempre se desenvolveu como método de dominação de massas e de poder, excluindo a possibilidade do receptor deter uma postura crítica e assim dificultando a comunicação. As relações para se estabelecer a comunicação têm se dado de maneira incompatível com o desejado, permitindo, muita vezes, o repasse de informação e não a efetiva comunicação. Isso se dá na medida que os receptores, no caso da saúde, a população, fica passiva à centralização e às práticas autoritárias dos profissionais e instituições de saúde, que apoderam-se do acesso à fala, facultando à ela apenas o direito de escutar.Nesse sentido, faz-se necessária a descentralização da comunicação, bem como sua democratização, que ganha concretude com a abertura de canais de expressão e circulação de mensagens; de escuta entre outros. A descentralização, dessa forma, propicia maior participação da população, bem como conduz à maneira mais coerente de se estabelecer a comunicação e atender às necessidades locais. No Brasil, essa participação mais ativa da sociedade é uma das diretrizes mais visadas do SUS, pois, em última análise, associa-se a todas as demais: Universalidade, equidade, integralidade, descentralização e hierarquização. Sendo assim, como diretriz desse sistema, a participação recomenda que a sociedade seja ativa, através de conselhos de organização em níveis diversos, no planejamento, implementação e fiscalização de políticas públicas de saúde. O maior desafio a ser vencido para a implementação da participação está centrado no cotidiano dos serviços, onde há a sonegação do direito de ser ouvido e considerado dos profissionais periféricos e, também, da população. Visando alcançar os objetivos citados anteriormente,