Comunicação humana - dissertações - carolpietro

Linguagem, Língua, Linguística

A linguagem verbal é o fascínio que a linguagem sempre exerceu sobre o homem. Vem desse poder que permite não só nomear/criar/transformar o universo real, mas também possibilita trocar experiências. É a matéria do pensamento e o veículo da comunicação social, constituindo uma realidade material que se relaciona com o quê lhe é exterior, como realidade material, organização de sons, palavras e frases.
A complexidade do fenômeno linguístico vem há muito desafiando a compreensão dos estudiosos.

1. Uma breve história do estudo da linguagem

O interesse pela linguagem é muito antigo. Remontam ao século IV a.C. os primeiros estudos. Inicialmente, foram razões religiosas que levaram os hindus a estudar sua língua. Mais tarde, os hindus, entre os quais Panini (século IV a.C.), dedicaram-se a descrever sua língua. Os gregos preocuparam-se em definir as relações entre o conceito e a palavra. Aristóteles desenvolveu estudos noutra direção, tentando proceder a uma análise precisa da estrutura linguística. Dentre os latinos, Varrão dedicou-se à gramática, esforçando-se por defini-la como ciência e como arte.

No século XVI, a religiosidade ativada pela Reforma provoca a tradução dos livros sagrados em numerosas línguas. O latim é mantido como língua principal. Em 1502 surge o mais antigo dicionário poliglota, do italiano Ambrosio Calepino. Os séculos XVII e XVIII vão dar continuidade às preocupações dos antigos. Em 1660, a Grammaire générale et raisonnée de Port Royal, ou Gramática de Port Royal, de Lancelot e Arnaud demonstra que a linguagem se funda na razão.

No século XIX provocou-se o interesse pelas línguas vivas, pelo estudo comparativo dos falares. É nesse período que se desenvolve um método histórico. O pensamento linguístico contemporâneo formou-se a partir dos principais metodológicos elaborados, que preconizavam a análise dos fatos observados.

Franz Bopp é o estudioso que se destaca nessa época. A publicação, em