Comunicação animal x linguagem humana
(Benveniste, 1976)
- As condições fundamentais de uma comunicação propriamente lingüística parecem faltar no mundo dos animais, mesmos superiores;
- “Encontramos, nas abelhas, as próprias condições sem as quais nenhuma linguagem é possível – a capacidade de formular e interpretar um ‘signo’ que remete a uma certa ‘realidade’, a memória da experiência e a aptidão para decompô-la”;
- “Signo das abelhas” – existência de uma fonte de alimento, a distância e a direção;
- “Dados objetivos são transpostos em gestos formalizados, que compõem elementos variáveis e de ‘significação’ constante”;
- Situação e função de uma linguagem – o sistema é válido no interior de uma comunidade determinada e cada membro tem aptidões para empregá-lo ou compreendê-lo”;
- Comunicação gestual, mas não vocal; a questão da percepção visual;
- A mensagem das abelhas não é dialógica. Entre elas, só detectamos as conseqüências de estímulos;
- “A mensagem de uma abelha não pode ser reproduzida por outra que não tenha visto ela mesma os fatos que a primeira anuncia”. Há problemas concernentes à transmissão/retransmissão;
- A abelha não constrói uma mensagem a partir de outra mensagem;
- Transmissão no tempo e no espaço é típica do nosso simbolismo lingüístico;
- O conteúdo da mensagem das abelhas é bem rudimentar;
- A mensagem das abelhas não se deixa analisar. Não lhes podemos ver senão um conteúdo global;
- A comunicação entre as abelhas é um código de sinais, e não uma linguagem;
- Relações entre linguagem e sociedade.
• FIXIDEZ DO CONTEÚDO; • INVARIABILIDADE DE MENSAGEM; • REFERÊNCIA A UMA SITUAÇÃO ÚNICA; • NATUREZA INDECOMPONÍVEL DO ENUNCIADO; • TRANSMISSÃO