Computacao
Nesse capitulo o autor descreve as analogias entre a musica e a imagem gerada por computação gráfica, deixando de lado as superficialidades análogas destas duas expressões e mergulhando no intrínseco e obscuro assunto sobre as semelhanças viscerais entre as duas expressões, discutindo algo maior do que a formação técnica da musica e imagem digital, mas discutindo sim as suas parcelas de semelhança no sentido temporal da imagem e da musica tratando o tempo como um signo da expressão de imagem.
O Autor sustenta a idéia de que a imagem digital se assemelha muito mais a musica do que as artes plásticas ou visuais, pelo fato de que a musica tem ritmo, tempo, harmonia e a imagem digital também se coloca no patamar de usar e controlar o seu tempo e ritmo, se tornando temporal e não atemporal como é o caso da fotografia por exemplo.
Enquanto a imagem analógica, fotográfica, pictórica, entalhada, etc. apenas captura o tempo e o congela sem demonstrar sua passagem, a comutação gráfica estrutura em seus signos a passagem de tempo de forma ritmada, muitas vezes não cadenciada, mas ainda sim expressa um tempo corrente, uma temporalidade, como é vista na musica.
Defendendo sua idéia o autor expressa a diferença entre musica e imagem digital, essa diferença esta apenas nos captadores finais, pois tanto a musica e a imagem digitais são estruturadas em softwares a base de cálculos e algoritmos que são codificados por uma interface computacional e enviados ao receptor final que decodifica o som ou imagem a partir de onde é decodificada e interpretada dependendo de onde ela estimula, mas no seu principio, em seu ato criador elas são as mesmas, puramente o conjunto de fenômenos que formam seus signos são equações matemáticas complexas.
O modo de interpretar e fazer a leitura dessas imagens eletrônicas também difere, enquanto na leitura analógica levamos em conta ponto, linha, cor, textura, forma e etc. na digital alem desses parâmetros devemos