COMPRIMENTO, SUPERFÍCIE E VOLUME NA MEDIDA CERTA
Erondina Barbosa da Silva
Secretaria de Estado de Educação do DF erondina@gmail.com Introdução Desde tempos imemoriais o homem está envolto no ato de medir. Medimos comprimento, massa, superfície, capacidade, temperatura, volume, tempo, etc. Medir foi e ainda é uma necessidade decorrente da tentativa humana de garantir a sobrevivência no planeta terra. À medida que o homem foi produzindo e transformando as suas formas de sobreviver também foi produzindo e transformando novas formas de medir. Da experiência de medir com o próprio corpo, presente nas mais diversas culturas, até o uso dos atuais instrumentos de precisão, muito tempo se passou. O homem, ao sabor do progresso científico e tecnológico, foi aperfeiçoando as suas formas de medir, seus instrumentos de medida, além de incorporar à sua cultura novas grandezas e unidades de medidas. O fato é que todas as culturas, independentemente da escola, se utilizam do processo de medir. Isso significa dizer que as crianças ao iniciarem seus estudos formais já tiveram contato com boa parte das grandezas e seus respectivos instrumentos de medida. O que precisa se discutir então é como formalizar esse conhecimento espontâneo que a criança traz com ela para a escola ou, em outras palavras, como podemos fazer com o que o conhecimento das grandezas e medidas adquira significado para crianças, adolescentes e adultos. Como romper com o tradicional ensino abstrato de grandezas e medidas? Como levar os estudantes a construírem a percepção de cada grandeza e de suas respectivas unidades de medidas?
Grandezas e Medidas no Currículo Escolar
Apesar de ser um conhecimento altamente significativo do ponto de vista sociocultural, as medidas e grandezas na escola ainda conservam o caráter pouco prático que dominou o ensino da matemática no último século. O estudo de grandezas e medidas ainda não assumiu o caráter de “bloco de conteúdos” (BRASIL, 1997) ou de “eixo