Comportamento desviante
- Ponto de vista médico: Tradicionalmente, o indivíduo desviante tem sido encarado a partir de uma perspectiva médica preocupada em distinguir o "são" do "não são" ou do "insano". Assim certas pessoas apresentariam características de comportamento "anormais", sintomas ou expressão de desequilíbrios e doença. Tratar-se-ia, então, de diagnosticar o mal e tratá-lo. Evidentemente existiriam males mais controláveis do que outros, havendo, portanto, desviantes "incuráveis" e outros passíveis de recuperação mais ou menos rápida. Enfim, o mal estaria localizado no indivíduo, geralmente definido como fenômeno endógeno ou mesmo hereditário. Visão mais conservadora, pode nascer com patologia (...) Ex: homossexual, esquizofrequênico, cleptomaníaco (rouba sem necessidade).
- Ponto de vista social: anomia (quando há desequilíbrios, entre objetivos e meios= comportamento desviante), não socializado. Anomie: ausência de normas ou existência de normas e valores inadequados. Condição do próprio ambiente. Causas prováveis: muita ênfase em objetivos particulares: indefinição dos meios recomendados para atingir os objetivos (gera condição social patológica). A existência de apenas normas técnicas e não institucionais permite qualquer meio para atingir o objetivo. Aparecimento de indivíduos anômicos (anomia). Merton: Um dos acréscimos fundamentais foi a distinção entre anomie, "condição do ambiente social, não de indivíduos particulares", "propriedade de um sistema social, não o estado de espírito deste ou daquele indivíduo dentro do sistema" (Merton, 1967) e anomia, referida ao indivíduo. Assim, uma pessoa concreta poderia estar em um processo de anomia sem que o sistema social estivesse em anomie. Mas, por outro lado, a desorganização de normas e valores vai fazer com que o ambiente social seja favorável ao aparecimento de indivíduos "anômicos". O enfoque funcional, portanto, abandona a posição mantida por várias teorias individualistas, de que as