Complexo de Portnoy - Análise segundo a Psicanálise Freudiana

Complexo de Portnoy: Análise segundo a Psicanálise Freudiana

Psicanálise: Uma Breve Abordagem

Sigmund Freud (1856-1939) foi um médico neurologista visionário, um judeuaustríaco, que teve a coragem de fazer um percurso na contracorrente de sua época. Temas antes ignorados e considerados tabus foram abordados por ele, mudando a visão do homem sobre si mesmo. Freud trouxe para o campo da ciência a teoria dos sonhos, domínio até então negligenciado como fonte de conhecimento válida (Souza, 2005). A existência do inconsciente, a sexualidade infantil, a ansiedade e os níveis de personalidade também são temas que integram parte da sua obra, que escandalizou seu tempo.
O inconsciente veio para desbancar uma suposta autonomia da consciência.
O psiquismo humano entrou em outra era (Souza, 2005). Freud não foi o primeiro a discutir a mente humana inconsciente, porém alegava ser ele o descobridor da forma científica para o estudo do inconsciente. O método utilizado por ele para que o inconsciente se manifestasse era a livre associação, em que o paciente fica deitado no divã e o terapeuta o encoraja a falar livre e espontaneamente, dando completa vazão a qualquer idéia, mesmo sendo embaraçosa, sem importância ou aparentemente tola (Schultz e Schultz, 2009). Para Freud, os sonhos também estavam relacionados com a porção inconsciente da mente. Ele acreditava que, a partir deles, conflitos inconscientes poderiam ser revelados.
Todo material que compõe o conteúdo de um sonho é derivado, de algum modo, da experiência, ou seja, foi reproduzido ou lembrado no sonho. É possível que surja, no conteúdo de um sonho, um material que, no estado de vigília, não reconheçamos como parte de nosso conhecimento ou de nossa experiência. A partir disso, Freud decidiu analisar a si próprio através do conteúdo de seus sonhos, afinal seria impossível realizar o papel de terapeuta e paciente simultaneamente. Sua auto-análise culminou na publicação do livro A Interpretação