COMPARAÇÃO DO MEMBRO ANTERIOR DE CORUJAS (STRIGIFORME) DE TRÊS ESPÉCIES.

COMPARAÇÃO DO MEMBRO ANTERIOR DE CORUJAS (STRIGIFORME) DE
TRÊS ESPÉCIES.
ALINE RICHTER¹ ; CÉSAR JAEGER DREHMER²
Universidade Federal de Pelotas – [e-mail]
Universidade Federal de Pelotas – [e-mail]

1. INTRODUÇÃO
As corujas formam um grupo de aves com padrões bastante característicos de comportamento, morfologia e anatomia. Pertencem a Ordem Strigiformes e estão divididas em duas famílias: Tytonidae e Strigidae, sendo a segunda com mais representantes. Seus parentes mais próximos são os bacuraus e curiangos
(Caprimulgiformes). Segundo as revisões sistemáticas mais recentes encontramse em todo o mundo cerca de 212 espécies ou tipos de corujas que ocupam todos os continentes, com exceção da Antártida. Desse total, 23 espécies foram registradas no Brasil, 22 da família Strigidae e uma representante dos Tytonidae, sendo elas de tamanhos que variam do caburé (Glaucidium brasilianum) com 60g até os jucurutus (Bubo virginianus) com cerca de 1 kg (PORZIO, 2014; MOTTAJUNIOR, BUENO & BRAGA, 2004).
São majoritariamente noturnas possuindo adaptações para este hábito, como modificações de pés e bicos para atividades de rapina, plumagem macia que garante um voo silencioso, visão e audição apuradas, além de um disco facial que funciona como uma caixa acústica e os diferencia dos demais animais
(ESCLARSKI et al., 2011).
Com hábito predatório, estão no topo da cadeia alimentar e auxiliam no controle populacional. Consomem principalmente roedores e insetos, porém algumas como a Mocho-do-diabo (Asio stygius) consomem aves e morcegos.
Há poucos estudos sobre corujas devido ao fato de serem aves noturnas e de baixa densidade populacional. A descaracterização de seu habitats, assim como o avanço da urbanização sobre as matas, faz com que algumas, como Tyto furcata, apresentem hábito de nidificação em forro de casas.
Não há muitas descrições de elementos de pós-crânio para Strigiformes, as existentes são de fósseis ou de materiais