Comparação de obras: “o velho e o mar” e “mãe coragem e seus filhos”
“O velho e o Mar” e “Mãe Coragem e seus Filhos”
Palavras-Chave: Coragem; Dignidade; Declínio;
Vitalidade; Superação; Heroísmo.
Este trabalho pretende analisar as obras selecionadas, “O Velho e o Mar”, de Ernest Hemingway, e “Mãe Coragem e seus Filhos”, de Bertolt Brecht, e compará-las em termos das morais e das próprias mensagens que as histórias pretendem transmitir. “O Velho e o Mar” é uma história repleta de questões existenciais e filosóficas, onde o sentimento de declínio vital do homem diante do avanço do tempo e o anseio pela afirmação do seu valor heroico diante de uma sociedade que não lhe atribui credibilidade. O velho pescador, protagonista desta narração, é caracterizado por um corpo marcado pelo sinal do cansaço de uma longa vida marcada pelo esforço, pela luta e pelo trabalho. Hemingway, através desta figura demonstra a tentativa de superação desse estado de declínio através do vigoroso projeto desse homem de se aventurar mais uma vez no mar, ainda que suas condições de saúde não sejam das melhores. Nesse empreendimento, residiria a chave para a afirmação da dignidade do velho pescador enquanto homem corajoso, pois o ato de enfrentar a força desmedida do oceano seria a consolidação de sua longa carreira como “homem do mar”, e o velho pescador, por não renegar a sua condição, evidencia, diante do poder sensível da natureza, encarnada pelo mar, a grandeza moral do indivíduo, de modo que “o homem pode ser destruído, mas nunca derrotado”. Este lema expressa a beleza do homem que tomba diante de forças que, fisicamente, lhe superam, mas que, moralmente, se torna capaz de se elevar sobre elas, pois não renuncia, ainda que sob o risco de perder a vida, o direito de afirmá-la, mesmo nas mais adversas situações.
“Mas o homem não foi feito para a derrota. – disse em voz alta - Um homem pode ser destruído, mas não derrotado.” (HEMINGWAY, 2006)
Esta não é uma obra sobre o papel do jovem