Despedidas em belém e velho do restelo
Cena da Despedida em Belém e Velho do Restelo
Índice
Introdução
Cena da Despedida em Belém
Cena do Velho do Restelo
Conclusão
Bibliografia
Introdução
“Pretendendo ultrapassar as epopeias clássicas, construídas em torno de factos imaginados para heróis individuais, Camões apresenta Os Lusíadas como a nova epopeia, destinada a cantar factos reais: o valor dos Portugueses como descobridores ousados e como povo de grandes e levadas figuras.”
Os Lusíadas, epopeia clássica, desenrola-se em torno de uma ação principal, a descoberta do caminho marítimo para a Índia (a iniciar-se “in media res”), pretexto para também lembrar a história de Portugal, contada por Vasco da Gama ao rei de Melinde e por Paulo da Gama ao Catual.
Após a proposição, onde o poeta se propõe cantar “o peito ilustre lusitano”, a invocação às Tágides e a dedicatória a D. Sebastião, dá-se início à narração.
O nosso trabalho incide principalmente no plano da viagem, mais precisamente nos episódios da despedida de Belém e do Velho do Restelo, pertencentes ao canto IV.
O projeto para o caminho marítimo para a Índia foi delineado por D.João II como medida de redução dos custos nas trocas comerciais com a Ásia e tentativa de monopolizar o comércio das especiarias. A juntar à cada vez mais sólida presença marítima portuguesa, D. João almejava o domínio das rotas comerciais e a expansão do reino de Portugal que já se transformava em Império. Porém, o empreendimento não seria realizado durante o seu reinado. seria o seu sucessor, D. Manuel I, que iria designar Vasco da Gama para esta expedição, embora mantendo o plano original. O episódio da despedida de Belém é o início da viagem. Trata-se de um momento lírico da narrativa que faz sobressair os sentimentos dos que ficavam e que, antecipadamente, choravam a perda dos que partiam, sobressaem também os sentimentos dos navegadores e a saudade que eles próprios já começavam a sentir.
O episódio do Velho do Restelo introduz uma