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Introdução

Um compósito é um material formado a partir da mistura de dois ou mais constituintes imiscíveis que diferem entre si na forma e na composição química. Os materiais compósitos apresentam propriedades significativamente diferentes das propriedades dos seus constituintes.
Os materiais que constituem um compósito dividem-se em duas categorias principais: matriz e reforço. O material que constitui a matriz é contínuo (envolvendo assim os outros constituintes e mantendo-os na sua posição relativa), proporcionando alguma ductilidade ao compósito que transmite os esforços mecânicos aos materiais de reforço. Os materiais que constituem o reforço são descontínuos (sendo envolvidos pela matriz), suportam os esforços aplicados ao compósito e, em geral, apresentam elevada resistência e rigidez. Da combinação dos diferentes materiais obtém-se um efeito sinérgico, em que os compósitos apresentam propriedades mecânicas superiores à soma das propriedades individuais de cada constituinte.

Tem sido grande a busca por engenheiros e metalurgistas da possibilidade de produzir materiais que possuam alta resistência mecânica e extrema ductilidade. Alta resistência significa a possibilidade de grandes carregamentos, e a ductilidade previne a ocorrência de fraturas repentinas e catastróficas. Por outro lado, essas propriedades geralmente são incompatíveis. Os materiais compósitos podem oferecer o equilíbrio entre resistência e ductilidade. O material mais duro, chamado reforço, é responsável pela resistência, e a ductilidade é devida a matriz menos resistente. Fraturas frágeis do reforço não podem se propagar continuamente, já que são retardadas pela matriz mais macia

Deve-se atentar que, em muitas estruturas vivas de animais e vegetais, fibras resistentes (celulose no caso de madeira e hidroxiapatita nas estruturas ósseas de animais) envolvidos por uma matriz, lignina e colágeno, respectivamente, são compósitos da mesma concepção que a da engenharia. Asas de pássaros ou