Comos e porquês introdutórios
A existência de um Plano Diretor, portanto, não isenta a cidade, o aglomerado urbano e a região metropolitana de manter um processo permanente de planejamento territorial e urbano. Caso contrário, corre-se o risco de empreender ações desarticuladas e não compartilhadas entre os municípios, ou ainda unilaterais e isoladas, com sérios riscos impostos à coletividade, que por sua vez é dependente do funcionamento deste sistema urbano.
As questões relacionadas ao transporte e mobilidade, sistema viário, habitação, segurança, saneamento, meio ambiente e desenvolvimento sustentável, dentre outras, são de grande complexidade. Nos aglomerados urbanos, em especial, esta complexidade é ampliada, seja pelo potencial aumento das interações possíveis, seja pela falta de uma instância governamental capaz de mediar interesses e convergir ações e investimentos de forma articulada e efetiva entre as cidades.
Apesar do agravamento dos problemas urbanos, percebe-se que as várias instâncias do poder público continuam competindo entre si por popularidade, e consumindo valiosos recursos públicos em obras que, supostamente, deveriam aliviar os sintomas mais pungentes da sociedade. O que se vê, no entanto, são propostas de duplicações de trechos de vias, mais e mais aterros, obras de elevados, pontes, túneis e outras soluções viárias saindo do papel sem garantias de conexões adequadas ao sistema urbano existente, carecendo de estudos isentos e aprofundados, capazes de examinar as causas dos problemas e embasar a decisão quanto às alternativas apresentadas.
A cada nova promessa de soluções mágicas, com projetos que