Como a extração da mais-valia repercute na saúde física, mental e na vida social do trabalhador?
Em se tratando de final do século XX e início do século XXI, e tomando como premissa o modelo de produção capitalista, pode-se concluir que este é a própria produção e reprodução social, onde as relações sociais são antagônicas entre o capital e o trabalho, gerando tensões, conflitos, angústias e adoecimentos por parte do trabalhador, principalmente pelo excedente de produção que este gera e que é apropriado pelo capitalista. O conflito entre o trabalho assalariado e o capital reproduz grande parte dos aspectos da vida social e é lá que encontramos as causas das doenças do trabalhador, principalmente pelos modelos de produção empregados no processo de produção.
Assim, entendendo o ser humano como um ser social – “...nenhum homem é uma ilha” - John Donne (1572-1631), que faz parte da sociedade, que traz uma relação direta com sua sobrevivência e bem viver, tem no trabalho importante componente que interatua com todas as outras partes de sua vida. Conclui-se aí que as doenças advindas do trabalho tem sua origem, ou seja, sua causa, no processo social, expresso no coletivo humano referendado pelo processo histórico de um determinado momento. A contraposição ao conceito determinista da relação doença-saúde como sendo apenas um processo biológico e individual, dá espaço, vez e voz a relação ampla e geral do ser humano – trabalhador como ser social e dialético, que interage em toda sua plenitude, demonstrando que o nexo biopsíquico da