Como se pensa a Antropologia no Pará: No contexto da Geopolítica Acadêmica
RENNÉ CESAR GONÇALVES SANTOS ORIENTADOR: MICHAEL IYANAGA
COMO SE PENSA A ANTROPOLOGIA NO PARÁ: NO CONTEXTO DA GEOPOLÍTICA ACADÊMICA.
Recife 2014
Objetivo
O objetivo desse trabalho é desvelar, através da análise de algumas entrevistas, a situação de prestígio político-acadêmico, do eixo Sul/Sudeste que, tem mantido a produção Antropológica do Norte/Nordeste “província” em particular a produção Antropológica do Pará, às margens da Antropologia Brasileira. Será que esses (as) Professores (as) /Pesquisadores (as) /Estudiosos (as), percebem essa situação de prestígio acadêmico que os mantêm à margem da Antropologia Brasileira ou não, caso afirmativo como esta se dá?
Introdução
Este trabalho não tem a pretensão de ser uma periodização estrita e exaustiva da questão da Geopolítica Acadêmica no Brasil, nem da invisibilidade da produção Antropológica do Pará, tendo em vista que há muito a se pesquisar e refletir sobre o tema. Apenas parto do pressuposto de que é suma importância entendermos como e/ou porque a produção Antropológica do Pará está às margens desta Antropologia Nacional. Para entendermos o que é esta Geopolítica Acadêmica, primeiro devemos entender o conceito de Geopolítica. Para isso, pode-se olhar a definição de José W. Vesentini embora esta não seja a, única:
A palavra geopolítica não é uma simples contração de geografia política, como pensam alguns, mas sim algo que diz respeito às disputas de poder no espaço mundial e que, como a noção de poder já o diz (poder implica dominação, via Estado ou não, em relações de assimetria enfim, que podem ser culturais, sexuais, econômicas, repressivas e/ou militares, etc.), não é exclusivo da geografia. (VEZENTINI, "O que