Como se deu a transição do feudalismo para o capitalismo
A partir do ano 1000 até cerca de 1150 o feudalismo entrou em transformação: a exploração camponesa tornou-se intensa, concentrando-se em certas regiões superpovoadas, deixando áreas extensas de espaços vazios; surgiram novas técnicas de cultivo, novas formas de utilização dos animais e carroças, o que permitiu um grande aumento na produção agrícola, surgindo assim a necessidade de comercialização dos produtos excedentes. O que fez com que aumentasse a circulação monetária, reabilitando a importância social das cidades e suas comunas. Foi estabelecido o comércio com o Oriente Próximo gerando o desenvolvimento de grandes cidades. Com o tempo a demanda de produtos agrícolas para o abastecimento da população urbana cresceu. O que elevou o preço de tais mercadorias, permitindo aos camponeses maiores fundos para a compra de suas próprias terras, onde deixariam o feudo e não estariam mais debaixo do poder do senhor feudal. Ao mesmo tempo com a expansão do comércio criaram-se novas oportunidades de trabalho, atraindo mais camponeses para as cidades e para os burgos. Cada cidade possuía um dono que cobrava impostos dos burgueses. Porém os mesmos foram ganhando cada vez mais poder, passando a negociar a venda de cidades com os senhores, para terem plena liberdade de negociar. Tais burgueses aliaram-se a reis que proporcionaram a padronização monetária, e a criação de leis e exércitos nacionais. Criando assim uma retaguarda para os empreendimentos, conquistando militarmente outros mercados. E para os reis, tal aliança proporcionou uma maior arrecadação de impostos e o fortalecimento do poder real, que impunham-se sobre os falidos senhores feudais, que dantes eram-lhes extremamente necessários pois lhe forneciam poder militar. Mas não mais, pois tais reis criaram seus próprios exércitos, o que tornou a maioria dos serviços prestados por seus vassalos