Como Frazer explica o sacerdócio de Nemi?

Como Frazer explica o sacerdócio de Nemi?
Antes de qualquer colocação, detenho-me a pontuar que um dos aspectos centrais dos textos de Tylor e Frazer é, provavelmente, o de cultura. Mesmo que ela seja atravessada por outros fatores não menos relevantes, sua aparição na descrição dos fatos é indispensável para que compreendamos o que é proposto pelos autores. Ligados a ela está o evolucionismo, o difusionismo e a questão da sobrevivência, que são brilhantemente esclarecidos na obra ”O Ramo de Ouro”, sem esquecer a fundamental ideia de parentesco, defendida por Morgan.
Tylor, em seu texto, afirma que cultura é um todo complexo o qual inclui quaisquer hábitos e capacidades adquiridas pelo homem como membro da sociedade, ou seja, ela pode ser estudada e percebida em qualquer lugar ou civilização. Ele irá, então, avaliar a natureza com o objetivo de compará-la à formação dos grupos sociais, apresentando o seu método de estudo, e diz que um biólogo analisa a descendência da fauna ou da flora, podendo saber que no passado houve meios de reprodução independentes ou que tudo veio de um mesmo ser, de qualquer maneira avançando – avançando, pois, na verdade, o estudo da história nos permite perceber que nada é fruto da regressão, e a partir desse fato abordado, é possível estabelecer uma relação com uma frase que afirma que um evento é filho do outro, e por isso não se esquece da relação de parentesco –. Sendo assim, ele chega à teoria de que a formação da sociedade teve seu nascimento nas similaridades gerais da natureza humana, bem como das circunstâncias de vida, algo que é inclusive resumido por um provérbio italiano que diz “o mundo todo é uma aldeia”.
Graças às propostas de Morgan a respeito de parentesco, é possível compreender o que Tylor expõe ao falar da importância da análise histórica dos fatos e, junto a isso, cria-se um gancho com a questão difusionista. Após a aparição de evidências e de relações de causa-efeito, presumem-se ideais sobre o que acontece