Como as redes variam
Aprendemos que o princípio básico da análise das redes é que a estrutura das relações sociais determina os conteúdos dessas relações. Na análise das redes, três áreas merecem atenção:
- os efeitos da centralidade do agente sobre o comportamento (pessoas/empresas)
- a identificação de subgrupos das redes
-a natureza de suas relações
Quando falamos em centralidade do agente, nos referimos às conexões de atores indiretamente a outros da rede através de um nó central. Isto permite que tenhamos uma visão mais clara sobre o efeito da centralidade. O ator central geralmente é considerado o coordenador das trocas de informações já que é através dele que isso é possível, sem contar o seu poder de influenciar os demais em razão de sua posição de domínio.
Mizruchi sugere que os agentes estruturalmente equivalentes tendem a apresentar comportamentos semelhantes, pois estão sujeitos às mesmas influências por sofrerem influências de agentes em comum, dando origem aos subgrupos. Esses subgrupos além de se interligarem entre si direta e indiretamente tem ainda a possibilidade de estarem ligados a um nó central ou a outros subgrupos.
O capítulo escolhido irá demonstrar o como as redes variam entre si, quais os tipos de redes pessoais e os tipos de sociabilidade existentes em uma situação de pobreza em São Paulo.
Para se realizar este trabalho, foi feito uma coleta associada a um sistema de entrevistas, levando se em consideração um estudo sobre as redes de parentesco de seus entrevistados, moradia, capital social e formação educacional, entre outros, para uma posterior análise em sociogramas.
Sociogramas são modos de representação de uma rede social. Geralmente essa representação é feita através de um grafo, onde os nós são os atores (indivíduos, instituições e grupos) que são representados pelos pontos e as conexões são as linhas, que representam as interações construídas entre os atores. Iremos ver também nos sociogramas termos como esferas e contextos.