comercio exterior

Barreiras argentinas afetam exportações brasileiras

Com as barreiras adotadas pela Argentina, o Brasil sofreu um forte impacto em suas exportações nos setores denominados sensíveis (têxtil, calçados, eletrodomésticos, autopeças, etc). No mercado têxtil, por exemplo, a presença brasileira caiu cerca de 3% em 2013, enquanto a dos países asiáticos teve um aumento de 5% no mesmo período, sendo que em 2003 o Brasil detinha 35% da participação, enquanto os asiáticos respondiam por 25%.

Segundo o diretor da IES (Investigações Econômicas Setoriais) Alejandro Ovando, o Brasil vem perdendo participação nas importações argentinas dês de 2008, quando a então presidente argentina Cristina Kirchner assumiu seu primeiro mandato e reforçou consideravelmente as barreiras, até a chegada em 2012 da Declaração Juramentada Antecipada de Importação (DJAI), que implicou na licença para a importação. Até então o governo administrava o comercio por meio de licenças não automáticas e acordos entre os fabricantes de ambos os países.

Porém a perda maior foi no setor de eletrodomésticos, entre 2008 e 2013 nossa participação caiu 8%, enquanto a China se manteve estável. Segundo Alejandro o que impulsionou isso foi à montagem da Zona Franca de Tierra Del Fuego, aonde a China saiu ganhando, pois importa peças e componentes com mais agressividade, “O que o Brasil perde, a China soma”.

Os resultados negativos da balança comercial brasileira obrigam o país a negociar uma solução para a melhoria do fluxo bilateral do comercio, para não terminar acabando com a política gentil em relação à Argentina. Neste cenário podia-se adotar a medida usada em 2008 na crise das hipotecas norte-americanas, realizando os pagamentos de comercio exterior com moedas locais no setor automotivo, por exemplo, porém nos setores sensíveis o problema deve continuar.