Comentário do filme “a montanha dos sete abutres”, de billy wilder.
Comentário do filme “A Montanha dos Sete Abutres”, de Billy Wilder.
Aluno: Peterson Moreira
Jornalismo 3º período
Disciplina: Antropologia
Professoras: Ruth Beirigo / Luisa Girardi
Para compreendermos o mundo do jornalismo temos de conhecer as relações desse universo, o campo jornalístico, com as outras esferas da vida política, social, econômica, etc. Estamos vivendo em uma sociedade que transforma a realidade humana em espetáculo, onde se opta pelo caráter noticioso e comercial do fato em detrimento da condição humana. Essa é a reflexão que o filme A Montanha dos Sete Abutres traz ao público. Para alimentar um acidente, a imprensa prefere, por vezes, prolongar o sofrimento das vítimas, dos familiares e da sociedade como um todo.
O sensacionalismo na mídia está relacionado ao aspecto comercial das instituições jornalísticas e também à vaidade dos profissionais da área.
O repórter veterano Charles Tatum (Kirk Douglas) está entediado e em um busca de uma grande matéria quando, por acaso, fica sabendo de um homem que ficou preso em uma montanha ao procurar relíquias, a partir desse momento Tatum vê a oportunidade que precisava para voltar aos holofotes: dramatizar a história daquele homem, mesmo que para isso tenha que colocar em risco a vida dele e subornar quem for preciso para manter a exclusividade da coisa, entre xerifes e esposas.
Partido dessa premissa do filme de Billy Wilder é possível fazer uma análise midiática e jornalística, que vai de encontro aos conceitos de Pierre Bourdieu, em seu livro Sobre a televisão (1997). O autor fala do campo jornalístico que é, como todo campo, um espaço social estruturado, onde há dominantes e dominados em relações constantes e permanentes de desigualdade, mas que é também um campo de lutas para transformar ou conservar esse campo de forças. Assim, fala na concorrência entre os jornalistas e as emissoras, fala um pouco da história do jornalismo televisivo e