Comentario do conto "A Fronteira" de Miguel Torga
O nome do conto de grande interesse moralstico que vou comentar é “A Fronteira“ e foi escrito por Miguel Torga. A historia passa-se numa aldeia, Fronteira, situada na fronteira entre Portugal e Espanha.
Miguel Torga é o pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, autor de uma produção literária vasta e variada, largamente conhecida. Torga nasceu em S. Martinho de Anta, em 1907.
A ação deste conto passa-se na fronteira entre Portugal e Espanha, numa aldeia isolada, pequena e deserta, chamada Fronteira. Os habitantes desta aldeia praticam contrabando, pelo facto de as suas terras serem inférteis, não conseguindo assim, alimentarem-se através da agricultura. A vida dominante de Fronteira é o contrabando. O narrador apresenta-nos este estilo de vida de uma forma honrada de ganhar o pão, o que nos faz, de uma forma, desculpabilizá-los pela sua ação.
A personagem principal da acção principal é a própria localidade, Fronteira, pois esta é várias vezes descrita como representante de todos os habitantes de Fronteira (“…Fronteira desperta.”; “Mas Fronteira tinha de vencer” ). Fronteira é neste conto uma personagem colectiva, sendo por isso muito importante na história. O nome "fronteira" é também importante ,pois representa não só a fronteira entre Portugal e Espanha, mas também a fronteira entre guardas e contrabandistas e entre o ser humano e o que o rodeia.
As personagens principais da acção secundária são Robalo e Isabel. Eles acabam por encarnar a “luta” entre guardas e contrabandistas: ele é um guarda zeloso e cumpridor, tão consciente da sua função, que reprime os seus instintos de Homem, até para com a sua amante, Isabel. Ela, a contrabandista, orgulhosa e determinada, bela e irresistível , é exatamente o oposto do seu amante. Isabel é doce, inocente e no fim acaba por dar à luz um filho de Robalo. Ele, que estava disposto a matar Isabel se a visse a contrabandear, acaba por ceder e juntar-se aos contrabandistas pelo amor ao seu filho e a