Coluna prestes - passagem por crateús ce
“Na tarde daquele dia de grande expectativa para Crateús, aparecera pelas ruas da cidade a figura singular de um “mendigo” vestido em trapos. Era um “aleijado”. Andando com dificuldade e sempre capenga, o infeliz mendigo palmilhava as ruas de Crateús, semi-curvado. Seu estado físico era de comiseração. Trôpego, denotava uma grande e lamentável fraqueza. Sucede, porém, que a presença daquele aleijado estranho – num dia de apreensões em virtude da iminente vinda dos Revoltosos – levantara suspeitas na cidade. “Estou desconfiado de um certo aleijado que apareceu no Riacho do Mato”. “Aquele aleijado me deixou desconfiado”. O relato acima é do escritor Padre Geraldo de Oliveira Lima em seu Livro A Marcha da Coluna Prestes através do Ceará.
Prossegue o padre: “Como optamos por conservar a ordem cronológica dos acontecimentos – ingente tarefa – lembramos ao leitor que, esta cena do “mendigo”, nos arredores e dentro de Crateús, acontecera mesmo antes do grosso do Destacamento João Alberto chegar à fazenda Pastos Bons, vizinha a Crateús. Assim sendo, quando os Revoltosos acamparam em Pastos Bons, estes fatos relativos ao “deficiente físico”, de que ora nos ocupamos, já haviam ocorrido e, conseqüentemente, João Alberto logo soube de tudo o que se passava dentro de Crateús através de seu espião, falso mendigo”.
Prossegue o autor: “Domingo. Dia em que o “deficiente físico” perambulava por Crateús. Passando perto da praça da igreja, o “mendigo” segue pela rua Dr. João Tomé e bate à porta da casa 290. É atendido pela dona de casa, dona Isabel Bonfim Leitão. Esta oferece ao pedinte café e bolo. Mas notara dona Isabel que o “aleijado”