Colonização inglessa
Colônia de Povoamento X Colônia de Exploração: teorias consagradas
Por que os Estados Unidos são tão ricos e nós não? Essa pergunta já provocou muita reflexão. Desde o século XIX a explicação dos norte-americanos para seu “sucesso! Diante dos vizinhos da América hispânica e portuguesa foi clara: havia um “destino manifesto”, uma vocação dada por Deus a eles, um caminho claro de êxito em função de serem um povo escolhido.
No Brasil sempre houve desconfiança sobre a ideia de um “destino manifesto” que privilegiasse o governo de Washington. Porém, muito curiosamente, criou-se aqui uma explicação tão fantasiosa como aquela. A riqueza deles e nossas mazelas decorreriam de dois modelos históricos: as colônias de povoamento e as de exploração.
As colônias de exploração seriam as ibéricas. As áreas colonizadas por Portugal e Espanha existiriam apenas para enriquecer as metrópoles. Nesse modelo, as pessoas sairiam da Europa apenas para enriquecer e retornar ao país de origem. A América ibérica seria um local para suportar um certo período, extrair o máximo e retorna à pátria europeia. O Estado só tinha o interesse da exploração.
O oposto das colônias de exploração seriam as de povoamento. Para lá iriam para morar definitivamente. A atitude não era predatória, mas preocupada com o desenvolvimento local. Isso explicaria o grande desenvolvimento das áreas anglo-saxônicas como os EUA. Famílias bem constituídas, pessoas de alto nível intelectual e sólida base religiosa: tais seriam os colonos que originariam o povo norte-americano. Pronto! A explicação é perfeita! Somos pobres porque fomos fundados pela escória da Europa! Os Estados Unidos são ricos porque tiveram o privilégio da colonização de alto nível da Inglaterra.
O Início A princípio donos do oceano Atlântico, portugueses e espanhóis dividiram o Novo Mundo entre si. Os ingleses contestaram a validade de Tordesilhas e praticam a pirataria oficial como