Collor e lula
Lula era popular, o famoso barbudo, na época, tinha surgido das greves do ABC, temido por praticamente todo mundo que tinha ligação com o poder – porque, naquela época sim, certamente o Lula ia colocar o socialismo na ordem do dia no governo brasileiro. A campanha do homem era muito marcante, com as chamadas da “Rede Povo” e com o apoio da maioria da classe artística brasileira. Assim os outros candidatos formaram uma verdadeira corrente-para-frente no sentido de derrubar Lula e colocar um candidato mais “adequado” no Planalto.
Eis que surge no Nordeste: Fernando Collor, o “caçador de marajás”, que vinha encabeçando uma coligação de partidos insignificantes, mas contando com o apoio massivo da grande mídia. Um candidato “bonitão”, carismático, que falava bonito e tal – ou seja, com tudo para concluir o fracasso que acabou sendo.
O confronto Collor x Lula, ocorreu com baixarias generalizadas, todo debate foi alterado pela edição da rede globo para prejudicar Lula e a eleição final de Collor, que depois seria escorraçado com o impeachment. O resultado das urnas acabou sendo um choque, uma surpresa, porque na realidade para muita gente, Lula era bem ou mal a personificação de uma grande mudança, uma figura do povo que há muito lutava pela democracia e pelos direitos dos trabalhadores, alguém que se identificava com a população e que no fim acabou preterido em nome de um político de rosto simpático, palavras bonitas e pouca ética.
As eleições de 1989 ficaram na história, até Silvio Santos se candidatou para tentar entrar na disputa. Felizmente foi uma tentativa sem sucesso. Inclusive outro fato marcante foi o jogo “sujo” de Collor, que