Cognitivo funcional
Temos no inicio do texto que os gêneros são caracterizados como eventos textuais altamente maleáveis, dinâmicos e plásticos; Surgem da necessidade comunicacional das atividades sócio-culturais e das inovações tecnológicas. Diz-nos ainda que os gêneros surgem, situam-se e integram-se ao meio social em que se desenvolvem; e que são caracterizados “muito mais por suas funções comunicativas, cognitivas e institucionais do que por suas peculiaridades lingüísticas e estruturais”.
Salienta-nos ele que novos gêneros tem como base outros anteriores a este, frisando aqui o conceito de “transmutação” proposto por Bakhtin (“assimilação de um gênero por outro formando novos”). Além deste conceito aparece outro, “hibridismo”, que (segundo Marcuschi) desafia a relação entre oralidade e escrita. E por fim, chama-nos a atenção da importância dos aspectos sócio-comunicativos, funcionais e formais para a definição do gênero.
No terceiro tópico do texto, Marcuschi distingue tipo textual (construto teórico definido por propriedades formais), de gênero textual (realização lingüística concreta definida por propriedades sócio-comunicativas) e domínio discursivo (esfera ou instância de produção discursiva ou de atividade humana).
No tópico cinco, o autor faz algumas observações sobre os gêneros textuais. Cita teóricos como Bakhtin, Bronckart, Úrsula Fix, Miller e Eija Ventola. Toma o conceito de Bakhtin sobre gênero, como “tipo relativamente estável de enunciado” para retomar uma assertiva anteriormente expressa: gêneros textuais são eventos lingüísticos que não podem ser definidos apenas por aspectos formais, mas também pela sua função sócio-discursiva. O teórico Bronckart, e a afirmação sobre a apropriação de gêneros dele, para observar que, em certos contextos, os gêneros são uma forma de legitimação discursiva. Fix, que teoriza sobre a intertextualidade inter-gêneros (aqui ocorre o que Bakhtin denomina de “hibridização”: mescla