coco
É na esteira da expansão da sojicultura para além das fronteiras do Rio Grande do Sul que Mato Grosso entra no cenário nacional de produção do grão. Cidades como Rondonópolis, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Primavera do Leste, Campo Verde, Campo Novo, Sapezal e Tangará da Serra, entre outras, surgiram e se desenvolveram a partir da cultura da soja. Atualmente, das dez cidades com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado, nove têm na sojicultura sua base econômica.
Se por um lado havia terra farta e mais barata em Mato Grosso da década de 70, o solo não era muito propício. Foi preciso uma forte ação de desenvolvimento de pesquisas, tendo a Fundação Mato Grosso como principal expoente, para que se pudesse criar todo um know how para a inserção da cultura no Estado. Outro fator complicador era a infraestrutura de logística, tanto para o escoamento da produção, quanto para o recebimento de insumos. Em alguns municípios, produtores e gestores públicos pavimentaram rodovias, criaram novas estradas e investiram em uma rede básica de serviços para dar conta das necessidades que a nova cultura trazia.
Em 2005, quando foi criada a Aprosoja, Mato Grosso já era o campeão nacional de produção e produtividade de soja. Mas vários problemas ainda dificultavam a evolução da cultura, como logística e endividamento dos produtores. Nessa mesma época, o Governo do Estado cria o Fundo Estadual de Apoio à Cultura da Soja (Facs), permitindo o estabelecimento de uma série de projetos que visam dar condições para o desenvolvimento da sojicultura.
MIGRAÇÃO e IMIGRAÇÃO PARA O MATO GROSSO DO SUL
O território de Mato Grosso do Sul possui grandes vazios populacionais, fato constatado através da baixa densidade demográfica (população relativa), que atualmente é de 6,8 habitantes por quilômetro quadrado. O crescimento demográfico é de 1,7% ao ano, impulsionado pelo crescimento vegetativo e pelo intenso fluxo migratório com destino ao