Cocaina e Saude mental
As drogas ilícitas estão presentes mesmo que de forma despercebida, no dia-a-dia da maioria dos indivíduos, sejam eles os próprios usuários, parentes, amigos ou conhecidos próximos de pessoas que fazem o consumo de substâncias ilícitas. Por ser um assunto tão alarmante e que vem tomando grande proporção, a temática "drogas" direta ou indiretamente diz respeito a toda população uma vez que o consumo de drogas pode ser visto sob uma diversidade de olhares. Segundo o Relatório Mundial do Escritório da Organização das Nações Unidas de Combate às Drogas e Crimes, é estimado que cerca 5% da população mundial entre 15 e 64 anos (o que equivale a aproximadamente 200 milhões de indivíduos) utilizam regularmente de algum tipo de substância ilícita.
Em 2005, uma pesquisa apontou que 2,9% dos brasileiros pesquisados relataram ter usado cocaína pelo menos uma vez na vida. Verifica-se que no Brasil o uso da cocaína varia de acordo com sexo e idade. Entre o sexo masculino, o consumo é de 5,4% e entre o sexo feminino é de 1,2%. Quanto à idade, é na faixa etária de 25 a 34 anos que há mais consumo (5,2%), enquanto que entre os adolescentes de 12 a 17 anos, 0,5% relata já ter feito uso da cocaína. Segundo o Relatório Mundial sobre Drogas elaborado no ano de 2013 pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), o consumo de cocaína dobrou no Brasil nos últimos seis anos, ao contrário de outras partes do mundo, em que o uso dessa substância vem diminuindo gradativamente.
O aumento do consumo no Brasil pode ser atribuído em parte, ao aumento da preferência pelo uso da cocaína especialmente por jovens de grandes centros urbanos, como também à facilidade em adquirir a droga , ligada ao aumento do tráfico via os países do Cone Sul, analisa o UNOCD.
Assim, no presente trabalho, abordaremos uma dessas drogas ilícitas, a cocaína, e os seus efeitos fisiológicos, biológicos e psicólogicos,