Cobaias do Sucesso
E começa a décima temporada do mais famoso reality show no Brasil, o Big Brother. É incrível como a sua força mobiliza uma legião de brasileiros paralisados na frente da televisão. Vidas são expostas com uma pitada de encenação. Brigas, beijos, tramóias, amizades e inimizades, tudo é válido quando se trata de ganhar dinheiro. Este ano o prêmio é mais convidativo a atitudes como estas, um milhão e meio de reais. Uma boa grana para colocar a vida em dia e, quem sabe, faze-la render bons frutos.
A novidade deste ano é a diversidade de opções sexuais, ponto de foco do meu texto. Na casa há dois homens gays. Sérgio, um estudante de moda, 20 anos e totalmente estereotipado. O outro é Dicesar, 44 anos, que trabalha como maquiador e faz shows como drag queen. Apenas uma mulher gay faz parte do elenco dos brothers, a jornalista Angélica, de 24 anos. Além dos brothers “assumidos” há também alguns que a bissexualidade tange seu estilo.
O respeito à diversidade sexual é algo que vem tentado ser alcançado ao longo do tempo. O preconceito vem sido deixado de lado e o respeito ao homossexualismo é cada vez mais firmado na sociedade atual. Muitas pessoas comentaram, principalmente alguns homossexuais, que a oportunidade que o programa Big Brother Brasil está dando aos gays este ano é muito boa. Uma oportunidade de se mostrarem como são e que não há nenhum problema em ser homossexual. Se fosse essa a intenção da Rede Globo, com certeza seria um grande impulso para a quebra do preconceito. O problema é que de uma intenção tão nobre foi retirada uma ótima oportunidade de ganhar dinheiro.
No primeiro dia do programa, se não me engano, Pedro Bial, apresentador do reality, fez a seguinte pergunta a um dos participantes, um modelo de Londrina: “Você teria algum problema em ter relações com uma mulher bissexual?”. Visto esta pergunta fica bem clara a intenção da emissora quanto ao trato com os participantes gays: render audiência em cima do sexo e da