Resenha: Clássicos da Política. Vol. 2. – Stuart Mill
Resenha: Clássicos da Política. Vol. 2. – Stuart Mill
Stuart Mill: liberdade e representação
Stuart Mill (1806-1873), nascido na Inglaterra, presenciou as modificações da sociedade, política e economia de seu tempo. Um dos fatos mais importantes de sua época foi o apogeu da Revolução Industrial. Tais mudanças tiveram como conseqüência o aparecimento das classes operárias, burguesia (industrial e financeira) e a expansão de uma economia monetária.
No decorrer de um período e aproximadamente cem anos, com relação à política e sua abertura, foram verificadas conseqüências divididas em dois grupos:
1) A criação de um “sistema de contestação pública” que representa um conjunto de instituições que permitem reunir e expressar a voz da oposição. Nesse sentido, a oposição faz parte do processo político, pois permite que os setores da sociedade discutam as formas de distribuição de riqueza e estabelecer os valores da sociedade;
2) A expansão das bases sociais do sistema político através da inclusão de diversos setores da sociedade. Isto se deu com diversas reformas eleitorais, universalizando o voto masculino e permitindo um aumento da representatividade nas cadeiras do Parlamento. Desta forma, conseguiu-se formar um sistema de partidos eleitorais amplo de forma a incrementar a participação popular no processo político.
Essa abertura do sistema político já estava praticamente instalada na época de
Stuart Mill, percebendo-se outra questão importante a ser resolvida: incluir no processo político a massa de trabalhadores e camponeses de forma pacífica.
Esse é o contexto econômico e político no qual Stuart Mill e sua obra estão encaixados, sendo seu trabalho influenciado pelas diversas fases das transformações desse período e lugar.
Stuart Mill estudou idiomas, pensadores clássicos, história, filosofia, psicologia e lógica. O objetivo de seu pai era transformá-lo em porta-voz da escola utilitarista. Apesar de não ter