Clubes de massas
“A cultura de massas referir-se-á aos produtos culturais fabricados somente para o mercado de massas”
O futebol é um desporto de características iminentemente populares e é um fenómeno transversal socialmente. Devido à “mediação social” desempenhada pelos media de massas, também o futebol evoluiu como espectáculo. A um determinado nível, o desporto passou a ser claramente um fenómeno de massas, ou seja, baseado na definição de Wilensky, um produto cultural fabricado para o mercado de massas.
Existem no mundo várias competições de futebol, tanto de clubes como de selecções, em que é possível observar a “olho nu” as alterações feitas no desporto devido à sua “massificação”. O horário dos jogos é alterado para beneficiar as transmissões televisivas, o campo está rodeado de publicidade a grandes empresas, os principais jogadores são rostos de inúmeras campanhas publicitárias de escala global.
Esta é uma dimensão do desporto que corresponde aquilo que designo como o Futebol de massas.
São os clubes que são alvo de uma enorme cobertura por parte dos media e que têm com eles uma relação de interdependência, que têm milhares de adeptos e que por isso são o garante de elevadas audiências, que têm orçamentos de milhões de euros e estruturas cada vez mais profissionalizadas.
Enquadramento teórico:
“O futebol sobressai como a modalidade desportiva mais popular na globalidade dos países europeus. (...) destaca-se como o desporto que mais público mobiliza, granjeando adeptos em todos os grupos e quadrantes sociais. Nesta linha o futebol ergue-se como “desporto rei”, impondo-se na qualidade de desporto universal” (Gonçalves, 2002: 105).
Enquanto garante de boa e diversificada audiência, o futebol atrai publicidade e, segundo diversos estudos, garante retorno. O que, por sua vez, atrai mais interesse e publicidade” (Sobral, 2006: 69).
O único canal de comunicação eficaz para os clubes de massas são os media de massas, porque