Climatologia
O autor ao longo do texto pretendi realizar uma releitura crítica da trajetória dos estudos geográficos do clima. Desde então, ele tem buscado uma compreensão histórica e social do papel do clima como importante processo na produção do espaço (e do território), bem como agente de interferência no cotidiano da sociedade.
Nesta perspectiva, esta reflexão apresenta uma proposta de revisão conceitual do clima como fenômeno geográfico substanciado pelas aplicações de seu conhecimento no entendimento do território, não apenas como elemento natural, determinado pelas leis físicas, mas, também, pelo significado de sua repercussão nas relações entre a sociedade e a natureza mediadas pela ação dos agentes sociais, que produzem espaços concretos nos mais variados níveis de segregação e vulnerabilidade. trata da proposta de definição de uma Geografia do Clima, que se contrapõe à noção de Climatologia Geográfica.
Trata-se, pois, de uma tentativa de propor não apenas um modelo conceitual, mas uma discussão teórica com ensaios experimentais, de uma nova perspectiva de análise geográfica do clima, que permita uma leitura crítica de nosso objeto de análise.
Assim, pretende-se atingir dois níveis de questões. O primeiro, de ordem teórica e metodológica em que se propõe a análise crítica da Climatologia Geográfica, de cunho neopositivista e neokantiano, para a construção de uma abordagem que incorpore a dimensão social à interpretação do clima na perspectiva da análise geográfica. Isto significa, necessariamente, compreender que a repercussão dos fenômenos atmosféricos na superfície terrestre se dá num território, transformado e produzido pela