Classe média
Disciplina de:
Classes Sociais e Estratificação Social
Tema:
Opção A – Giddens, Anthony (1975), “O Crescimento da Nova Classe Média” in A Estrutura de Classes das Sociedades Avançadas, Rio de Janeiro, cap. X.
Sílvia dos Reis Brioso
ISCTE
Lisboa, Abril de 2009
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Giddens começa por fazer uma crítica à interpretação de Marx acerca de classe média na sociedade contemporânea, discutindo o crescimento da “nova” classe média. Segundo o autor, Marx reconhecia o crescimento da classe média (que em Marx se situa entre o proletário e o capitalista), isto é, via uma mudança na sociedade, a emergência das novas profissões, no entanto dava-lhe pouca importância preferindo acentuar a dicotomia entre burguesia e o proletariado.
A perspectica de Marx assentava na concepção materialista da história, que segundo a qual a mudança social é, acima de tudo, promovida por factores económicos, ou seja, os sistemas sociais transitam de um modo de produção para outro. E à medida que a classe assalariada tornar-se-ia cada vez maior esta iria criar as condições para uma tranformação revolucionária da sociedade, derrubar o sistema capitalista para dar lugar a uma nova sociedade onde não existissem classes. Mas, Giddens critica Marx dizendo que, na verdade, o que se tem vindo a verificar nas sociedades capitalistas desde o sec. XIX, é um ligeiro declínio da “velha classe média”(a pequena burguesia em Marx) e não o seu desaparecimento. E, se por um lado, a “velha classe média” tenta resistir embora em menor número, pois desde a viragem do sec. XIX que o pequeno burguês tem diminuido em favor das grandes empresas, por outro lado, há um crescimento da “classe média” (os trabalhadores sem qualificação e não-manuais em Giddens) e a classe operária tornou-se cada vez mais pequena com o declínio do trabalho industrial.
Giddens refere