Ciências contábeis
“Gastos Governamentais e Setor Externo”
Os gastos do governo
As despesas de investimento do governo, tais como construir estradas, portos, esgotos, irrigação, parques, ruas, bibliotecas públicas etc., constituem-se no terceiro elemento da demanda agregada. Acréscimos nestes gastos governamentais possuem o mesmo efeito multiplicador dos investimentos privados, expandindo o nível de renda nacional pela expansão da demanda secundária em bens e serviços de consumo (isso poderá ser visto quando da dedução e comparação dos respectivos multiplicadores). Entretanto, como é do nosso conhecimento, os gastos do governo (G) são predominantemente financiados pela arrecadação de tributos (T). Esse fato nos leva a rever a hipótese inicial sobre as funções consumo e poupança, pois agora tais decisões devem ser tomadas sobre a renda disponível e não
Devemos reescrever as funções da seguinte maneira:
Função Consumo: C = a + b (y - T)
Função Poupança: S = - a + (1 b) (y - T)
Isso porque os indivíduos da coletividade farão suas escalas de consumo baseadas somente no montante de renda que lhes chega às mãos, ou seja, sua renda após o pagamento dos tributos governamentais. Para efeito de nossa apresentação, faremos uma hipótese adicional: os níveis de gastos e de tributação do governo serão fixados de forma autônoma em relação à renda, do mesmo jeito como tratamos os investimentos privados.
Também, daqui para frente, trataremos apenas da determinação do equilíbrio da renda, não mais fazendo distinção entre os conceitos de planejado e realizado.
Setor externo
Os recursos advindos do comércio exterior representam na maioria dos países em desenvolvimento uma pequena parcela do produto nacional. Eles são, basicamente, exportadores de produtos primários e importadores de manufaturas. Os produtos primários consistem, principalmente, de produtos agrícolas, como, por exemplo, o café do Brasil, a juta e o