CIÊNCIAS CONTÁBEIS
20% a 40% do valor de estoque (Sandvig & Allaire, 1998). Diferentemente dos estoques de produtos acabados, semi-acabados e insumos, que são direcionados pelos processos de produção e demandas dos clientes, peças de reposição são mantidas em estoque para suportar operações de manutenção e proteger contra falhas nos equipamentos. Embora esta função seja bem compreendida pelos gerentes de manutenção e suprimentos, muitas empresas enfrentam o desafio de evitar grandes estoques de peças com custos excessivos de manutenção e obsolescência (Porras & Dekker, 2008).
A carência de ferramentas e modelos para atender a natureza específica das peças de reposição reforça a dificuldade em estabelecer metodologias e estratégias consistentes para a gestão destes itens. Eles normalmente são de baixíssimo giro, demandas altamente aleatórias e difíceis de prever, com tempos de fornecimento estocásticos. O histórico da demanda nas empresas é limitado com poucas ocorrências de demanda e longas sequências de valores nulos (Willemain, Smart, & Schwarz,
2004).
Controlar e gerir peças de reposição significa encontrar respostas viáveis e eficientes para questões básicas de qualquer sistema de controle de estoque (Botter & Fortuin, 2000):
Quais peças devem ser estocadas?
Quando estas peças devem ser ressupridas?
Qual deve ser a quantidade do pedido?
Com tantos requisitos essenciais relacionados a estes tipos de itens, é natural que a gestão das peças de reposição se torne uma importante área de