Ciências Ambientais - UNIDADE 03
Na metade do século XVIII, a Inglaterra experimentou um surto de intenso desenvolvimento tecnológico e econômico, com profundos desdobramentos políticos e sociais, que iria mudar para sempre a história da civilização ocidental e, consequentemente, de todo o planeta. Este surto foi denominado pelos historiadores de Revolução Industrial e é um ponto crucial para entendermos a questão ambiental contemporânea.
Impactos ambientais históricos
É importante lembrar que, desde seu surgimento, há cerca de 700.000 anos atrás (BOAZ; ALMQUIST, 2002), o homem vem causando diversos impactos ambientais e superexplorando muitos recursos naturais. Existem, inclusive, indícios de que algumas das grandes civilizações antigas, como, por exemplo, os maias e os vikings, tenham desaparecido, entre outras coisas, devido ao mau uso dos recursos naturais (DIAMOND, 2005).
No caso do Brasil, há indícios de impactos ambientais causados na Mata Atlântica pelos povos indígenas que habitavam a região antes da chegada dos portugueses (DEAN, 2004). A ideia de que o colonizador, ao chegar ao Brasil, encontrou uma mata virgem é, portanto, um mito.
Atenção!
No entanto, não devemos nos esquecer de que os impactos ambientais causados pelos europeus na Mata Atlântica brasileira foram significativamente maiores do que os causados pelos indígenas.
Contudo, esses povos antigos, e mesmo os povos mais recentes da era pré-industrial, não tinham capacidade para causar danos que se extendessem por todo o planeta. Foi o advento da indústria, com a produção em massa e as amplas mudanças trazidas por esse processo, que conferiram ao ser humano uma capacidade, até então inimaginável, de transformar, dominar e destruir a natureza.
Consequências ambientais das revoluções industriais
No que diz respeito à Revolução Industrial, é importante saber que ela não se restringiu nem à Inglaterra nem ao século XVIII. Segundo o pesquisador norueguês