Ciência e Conhecimento Científico
Há diferentes tipos de conhecimento existentes e com base no exemplo citado pelo livro deste estudo, percebe-se essa diferença com clareza. O primeiro conhecimento é basicamente mais popular. Aquele passado de geração para geração informalmente ou mesmo através de experiência pessoal.
O segundo conhecimento, o científico, se mostra mais racional, baseado em estudos, sendo transmitido de modo mais formal. Visa explicação para as evidências para dos fatos correlacionados. A forma de observação de um mesmo objeto ou fenômeno é o que leva um ao conhecimento vulgar ou popular e o outro ao conhecimento científico não importando ser cientista ou homem comum. Para Bunge, excluindo o conhecimento mítico, tanto o “bom senso” quanto a ciência buscam a racionalidade e objetividade sendo críticos e com aspiração à coerência, procurando a adaptação dos fatos. No entanto, é por meio de teorias, que são o núcleo da ciência, que se obtém o ideal de racionalidade e não pelo conhecimento comum. Esse ideal de racionalidade, que nada mais é que a realidade verdadeira e impessoal, só pode ser alcançado se passar pelos limites do dia a dia assim como abandonar o ponto de vista e experiência particular, para se estudar os objetos e fenômenos com hipóteses além do que possamos perceber, sujeitando-os à verificação planejada com base nas teorias. O “bom senso” é limitado por ser vinculado à percepção e a ação. Para Ander-Egg, o conhecimento popular é predominantemente superficial, pois se conforma com o que se vê; sensitivo, pois se refere ao que se vivencia; subjetivo, pois é organizado por experiências e conhecimentos próprios ou de outros; assistemático, pois não visa sistematizar as ideias; acrítico, pois não se manifesta de uma forma crítica, verdadeiros ou não. Pode-se então concluir que o conhecimento científico se diferencia do popular basicamente por seu contexto metodológico e não por seu conteúdo. Essa diferença é também