citologia
Microscopias
O MICROSCÓPIO ÓPTICO
Breve histórico da microscopia óptica
Iniciada há vários séculos, a história da Microscopia alicerça-se no esforço de pesquisadores que, numa permanente busca da verdade e do saber, foram capazes de criar e aperfeiçoar instrumentos, métodos e técnicas fundamentais a evolução do racionalismo científico. Nesta trajetória de experimentalismo e observação, Galileu Galilei (1564-1642), Hans e Zaccharias Janssen desenvolveram, particularmente, o estudo das lentes e teriam sido responsáveis pela primeira geração de microscópios.
Durante o decorrer da época moderna, aberta ao estudo do homem e da natureza, à observação do macro e do microcosmos, os estudos e as pesquisas em torno do poder de aumento das lentes ganhou um novo fôlego. George Hufnagel (1592), Kepler (1611), Franziskus Stellatus 1625) e Thomas Monfestus (1636),
Athanasius Kircher (1646) e Robert Hooke, a quem se atribui a construção, em 1667, de um microscópio composto, dentre tantos outros, investigaram sistematicamente os “vidros de aumentar”, acabando por produzir instrumentos dotados de maior poder resolutivo (Frada, 2001; Alberts et al., 2010).
Mas se a capacidade de resolução das lentes destes instrumentos, mais simples e originais, ficava ainda muito aquém do desejável, com o novo microscópio desenvolvido Antoni van Leeuwenhoek, foi possível desenvolver lentes especiais que acabaram por ultrapassar, em qualidade e capacidade de resolução, tudo quanto se havia produzido anteriormente.
Estes microscópios simples, mas ainda incapazes de ampliar objetos em até 300 vezes, acabariam por dar lugar, após o final da 1ª Guerra Mundial, aos poderosos microscópios binoculares, facilmente manejáveis e com uma capacidade de resolução que atingia até 1000 vezes. Este equipamento de investigação, progressivamente aperfeiçoado em termos de qualidade de imagem e resolução, se tornou um instrumento de aplicação fundamental em todas as