Cito-histologia
Esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica e progressiva que afeta as fibras nervosas do cérebro e da medula espinhal. As fibras nervosas são recobertas por uma estrutura chamada mielina, que funciona à semelhança de um encapamento isolante de um fio elétrico (a fibra nervosa, chamada axônio, seria o fio de cobre). A finalidade da mielina é facilitar a transmissão dos sinais elétricos nervosos dentro do sistema nervoso. A mielina é produzida por células especiais dentro do sistema nervoso chamadas oligodendrócitos. Na EM ocorre destruição parcial ou total da mielina. A este fenômeno chamamos desmielinização. Por esta razão a esclerose múltipla é considerada uma doença desmielinizante. Contudo, existem outras doenças também chamadas desmielinizantes; a EM não é a única doença com esta característica. A destruição da mielina é causada por uma inflamação localizada de algumas fibras. Quando a inflamação acaba, ocorre cicatrização e endurecimento do local da inflamação (esclerose). Esta área ou região que foi atingida é chamada placa de desmielinização. Na Medicina existem várias doenças nas quais a palavra esclerose é empregada (por exemplo: esclerose lateral amiotrófica, esclerose combinada subaguda, esclerose mesial temporal) e são todas doenças completamente diferentes entre si. Assim, a palavra esclerose é motivo freqüente de confusão sobre os nomes das doenças e do que os doentes, de fato, estão sofrendo. Dizer que uma pessoa sofre ou é portadora de “esclerose” não significa em si nada. É importante saber que tipo de esclerose a pessoa possui. No sistema nervoso central (cérebro, cerebelo, tronco cerebral, medula espinhal) (SNC) as regiões mais ricas em fibras mielinizadas (recobertas com mielina) formam o que chamamos de substância branca do sistema nervoso.Quando ocorre perda da mielina, há um retardo na transmissão dos impulsos nervosos; dependendo do local que é atingido no sistema nervoso, podem surgir sintomas ou sinais da doença